À vezes tenho dúvida da minha própria existência (e olha que em 1994 eu ainda não havia assistido ao “Quem somos nós”)
E o tempo parou...
Nem a dor mais forte trouxe você pra mim
E eu deixei de lutar pelo meu tempo, pelo meu mundo
E agora uma pausa...
Um suspiro...
Por que se esconde?
Gostaria que estivesse aqui para eu poder garantir-lhe o que me pede.
E você, não sofre?
Não sei, mas alguma coisa você deve sentir.
Já sei, insegurança não é?
Quando criança eu tivera medo de sofrer por um grande amor
E hoje, como homem (só tinha 17 anos)
Tenho medo do tempo
Está sentindo? Ele está passando
Por favor, não se afaste com ele
Heim? Eu não estou te ouvindo
É... o tempo não parou
Eu parei no tempo.
sábado, 28 de julho de 2007
Por sua dúvida
Uma certa vez eu parei no silêncio...
Eu havia dito muitas coisas, tocado várias canções
E ao som da minha flauta, você se calou.
Duvidou de mim e não foi capaz de acreditar na fragilidade da minha alma.
Não foi capaz de aceitar um sentimento subentendido.
Então mesmo com mil vozes e com os sopros dos anjos
Você duvidou de mim
E no seu motim eu me calei.
Acreditei em você e soube aceitar a resistência da sua alma
E novamente eu parei no silêncio
E percebi que o erro era meu.
Errei por não me apresentar por inteiro
Por medo de expressar os meus sentimentos
Eu não fui correto
E agora é tarde...
E na bulha das vozes e no forte sopro dos anjos
Eu me escondo no silêncio
E no silêncio, peço que me perdoe...
peço que não me abandone...
peço que não duvide de mim...
peço...
... é só o que peço.
Eu havia dito muitas coisas, tocado várias canções
E ao som da minha flauta, você se calou.
Duvidou de mim e não foi capaz de acreditar na fragilidade da minha alma.
Não foi capaz de aceitar um sentimento subentendido.
Então mesmo com mil vozes e com os sopros dos anjos
Você duvidou de mim
E no seu motim eu me calei.
Acreditei em você e soube aceitar a resistência da sua alma
E novamente eu parei no silêncio
E percebi que o erro era meu.
Errei por não me apresentar por inteiro
Por medo de expressar os meus sentimentos
Eu não fui correto
E agora é tarde...
E na bulha das vozes e no forte sopro dos anjos
Eu me escondo no silêncio
E no silêncio, peço que me perdoe...
peço que não me abandone...
peço que não duvide de mim...
peço...
... é só o que peço.
Marcadores:
Lá se vai mais de uma década
Desejo de amar
Uma vez, seguindo no silêncio
Pedi para que não me abandonasse.
Reconheci meu erro e pedi perdão.
Você olhou em meus olhos
Tocou meus lábios
E se calou.
E sentindo toda energia do universo
Acreditei em você e senti a resistência de sua alma.
E me senti seguro. Envolvido.
De súbito encontrei-me livre.
E na formosura dessa liberdade
Senti que podia amar novamente.
Mais uma vez eu segui em silêncio
E como se dominasse todas as filosofias e conhecesse todos os mistérios, compus uma formosa melodia com a bulha dos anjos.
E no imenso desejo de te amar
Quebrei a fragilidade de minha alma
E entreguei-me a você
Pedi para que não me abandonasse.
Reconheci meu erro e pedi perdão.
Você olhou em meus olhos
Tocou meus lábios
E se calou.
E sentindo toda energia do universo
Acreditei em você e senti a resistência de sua alma.
E me senti seguro. Envolvido.
De súbito encontrei-me livre.
E na formosura dessa liberdade
Senti que podia amar novamente.
Mais uma vez eu segui em silêncio
E como se dominasse todas as filosofias e conhecesse todos os mistérios, compus uma formosa melodia com a bulha dos anjos.
E no imenso desejo de te amar
Quebrei a fragilidade de minha alma
E entreguei-me a você
Lição de vida

Então, de súbito, o vento soprou um pouco mais
E uma gota do sereno molhou um pequeno pedaço do chão.
Eis que na manhã seguinte uma vida surgiu e me alegrou,
E me fez pensar um pouco mais na minha própria vida.
Uma rosa de cor forte brotou.
Que milagre estupendo!
Naquele momento subi no pico mais alto, encarei a ave mais selvagem e gritei: “Obrigado por você existir!”
E cativado por aquela simples, porém exaltada vida, passei a viver em função dela.
Tudo era para ela, tudo era por ela.
E sem controle da minha euforia não resisti e a toquei.
Um silêncio...
O forte espinho de seu caule tirou de mim uma gota de sangue
E então meus olhos se abriram para a realidade e percebi que o mundo da rosa era outro e que sem a fertilidade do solo ela não poderia viver.
Então, de súbito, o vento soprou
E uma lágrima molhou o vaso que para ela eu havia preparado.
E descubri que para ela continuar vivendo, precisaria do meu carinho e cuidados.
E percebi que o mundo é todo meu, mas que ela não poderia viver com o meu silêncio.
Marcadores:
Aos 15 anos - Depois de ler o Pequeno Príncipe
Diálogo com o vento

Eu: Fala vento, estou aqui para escutá-lo.
Vento:
Eu: Verdade! Como?
Vento:
Eu: Que pena...
Vento:
Eu: Mas teve algum motivo?
Vento:
Eu: E o outro, também levou?
Vento:
Eu: Que bom, às vezes faz bem.
Vento:
Eu: Mas o importante é que ninguém se foi...
Vento:
Eu: Sério? Meu Deus! E ela, como está?
Vento:
Eu: Quem sou eu para julgá-lo. Se não a ama, que culpa tenho eu?
Vento:
Eu: O amor. O coração não vive sem ele.
Vento:
Eu: Ha, ha, ha... talvez você seja o amor.
Vento:
Eu: Claro, você precisa.
Vento:
Eu: Boa Sorte!
Vento:
Eu: Adeus.
Marcadores:
Setembro de 1995
Na rua
Rua não é só uma rua
É também uma casa
Onde não há cômodos nem móveis
E crianças quase nuas dormem.
Dormem e vivem ali
Sem a proteção dos pais
Não se importam com os ladrões
E sim com os policiais.
Talvez sejam ladrões
Ladrões da sobrevivência
Quando querem alguma coisa
Pegam para supri a sua carência.
Alguns vencem
Conseguem o trabalho da vivência
Outros, sem oportunidades
Vivem sob a batalha da sobrevivência.
É também uma casa
Onde não há cômodos nem móveis
E crianças quase nuas dormem.
Dormem e vivem ali
Sem a proteção dos pais
Não se importam com os ladrões
E sim com os policiais.
Talvez sejam ladrões
Ladrões da sobrevivência
Quando querem alguma coisa
Pegam para supri a sua carência.
Alguns vencem
Conseguem o trabalho da vivência
Outros, sem oportunidades
Vivem sob a batalha da sobrevivência.
Marcadores:
Pós chacina da Candelária - 1993
O sabor das lágrimas

Tão misterioso é o sabor das lágrimas
Ninguém sabe defini-las
Elas podem ser amargas, ter gosto de morte.
Elas podem não ter gosto, saem por tristeza.
Elas podem ser dóceis, ter gosto de felicidade.
Mas o que é a morte? A tristeza? O que é a felicidade?
Tão misterioso é o sabor das lágrimas
Será que estes três estados do homem
Despertam-se ao sabor das lágrimas?
Tão misterioso é o mundo das lágrimas
A porta deste mundo com certeza está dentro de nós.
Se pensarmos muito na morte ela virá e trará consigo aquelas amargas lágrimas.
Se persistirmos na tristeza, não teremos o prazer de sentir o gosto das lágrimas.
No entanto, se mantivermos dentro de nós
Uma louca paixão,
Uma luz de sol
E uma insuportável vontade de viver
Sentiremos como é gostoso sentir o gosto de uma lágrima.
Tão misterioso é o mundo das lágrimas
E só podem defini-las
Os homens que não têm medo de lágrimas.
Assinar:
Postagens (Atom)